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Inglês para viagem e a importância de saber o mínimo do idioma local

inglês para viagem

De malas prontas para a Europa e com o básico do inglês para viagem ou na ponta da língua. Etnão, você está certo que não vai passar por apuros e pode pedir informação a qualquer pessoa que passar na rua, certo? Errado. Às vezes, nos passam a informação de que todo mundo na Europa fala inglês, seja como primeira ou como segunda língua e não é verdade.

Dependendo da distância da área turística, você pode acessar estabelecimentos onde as pessoas só falam o idioma local e, particularmente, achamos isso muito bom. Conhecer novos idiomas faz muito bem para a memória. Se você dedicar o mínimo do seu tempo para aprender um idioma, irá perceber que é muito vantajoso saber e compreender as pessoas. Claro que, existem pessoas que dependem de guia para viajar, não levando em consideração que o idioma também faz parte da cultura local. Apesar da dificuldade, em qualquer idade é possível aprender.

Primeira experiência com o idioma Italiano

Na nossa primeira viagem à Itália, em 2013, não sabíamos muito sobre o idioma italiano. Estudamos alguns números e algumas frases básicas. Mas, como ficamos em um hotel um pouco distante do centro histórico, acabamos tendo que usar o que havia aprendido em algumas situações, como ir ao supermercado.

É claro que, é possível pegar os itens na prateleira, colocar em um carrinho, ir para o caixa, pagar e sair do local. Mas, naquele momento, era a oportunidade de experimentar uma nova língua. Além disso, queríamos comprar uma quantidade determinada de presunto de parma, nem muito e nem pouco. As embalagens fechadas à vácuo tinham uma quantidade além do que precisávamos e, percebemos que o presunto fatiado na hora parecia estar mais fresco.

Desta forma, não tínhamos certeza se a pessoa sabia falar inglês e ficamos imaginando iria fazer o pedido em italiano. Bom, antes de viajar, aprendemos alguns os números, um pouco do alfabeto e da pronúncia. Assim, foi só dizer “Per favore, duocento gramma di Prosciutto di Parma”. Para não dizer que estava errado, estava quase certo. Assim como acontece no Brasil, se um “gringo” fala com alguns erros, você entende. Então, foi assim, a pessoa compreendeu o pedido e nos atendeu (ainda corrigiu “duecento”). Neste caso, o erro também está no plural, mas ainda não sabíamos flexionar o plural em italiano. A frase correta ficaria “Per favore, duecento grammi di Proscitto di Parma”.

Inglês quase incompreensível e sem informações para turistas de países da CPLP

Para quem já viajou a Berlim, algumas atrações tem tradução para um inglês quase incompreensível, para nós brasileiros. E, se você pegar o metrô, não há nenhuma tradução ou dublagem para o inglês, inclusive quando avisam qual é a Nächste Station (próxima estação).

Acreditamos que, perguntar no idioma da pessoa, se ela fala inglês, também funciona em outros países da Europa, onde o inglês não é língua principal. Entretanto, nem adianta perguntar se fala português. Você vai perceber nos lugares onde se tem mais turistas, algumas informações virão em italiano, francês, inglês, espanhol e alemão. Até russo e mandarim já vimos, português é muito difícil. É mais fácil encontrar placas indicativas com tradução para nossa língua no Vaticano, pelo fato de muitos brasileiros visitarem o local.

Adaptação ao idioma local

Quando saímos do Brasil e viajamos para outros países, onde não se fala o português, a primeira coisa que acontece é que nosso cérebro ainda não está acostumado com a língua local. Mesmo sabendo falar inglês, o primeiro dia é de adaptação. Não só o idioma, mas se ambientar de tudo como funciona em um novo país e, é o dia que você mais precisa pedir informação. Como ainda estamos pensando em português, precisamos “trocar o chip” e, com o passar dos dias, isso vai ficando automático, principalmente se você está tendo contato com esse novo idioma. Apesar de cada um ter uma velocidade de aprendizado, na maioria dos casos, fazer uma imersão em um local onde não há pessoas que falem o seu idioma nativo ajuda bastante.

Preparação para nova viagem

De volta para o Brasil, resolvemos nos preparar melhor para a segunda viagem, estudando um pouco do francês e o italiano. No entanto, nos dedicamos mais ao segundo, devido à proximidade com algumas palavras em português.

Assim, lemos dois artigos que nos ajudaram a nos preparar para aprender novos idiomas. Além de ter facilidade, o importante é gostar de aprender um novo idioma. Desta forma, o artigo “Como aprender 11 idiomas me ensinou 11 lições importantes“, mostrou que era possível aprender até mais de um idioma por vez. Além disso, a reportagem, “Brasileiro que domina 11 idiomas dá dicas para aprender outras línguas“, ajudou a definir um programa de aprendizado.

Aplicativo para aprender ou melhorar meus idiomas

Se você pensar, em um cursos de idiomas, temos 1 aula por semana com duração de 50 minutos. Assim, às vezes, a falta de contato com o idioma por uma semana é ruim. Nesse plano de aprendizado, você pode você programar, no mínimo, 15 minutos diários de estudo, que você estará aprendendo mais do que 50 minutos em sala de aula.

Desta forma, em busca de aprender e, como não tínhamos tempo de nos matricular, baixamos um aplicativo no smartphone e começamos começamos os estudos. Em alguns aplicativos como o Duolingo, você pode definir uma meta diária em pontos, ele analisa seus erros e vai dizendo o que você tem que reforçar. Mas, como começamos os estudos bem próximo da viagem, não foi o suficiente para falar muito. Ajudou um pouco e foi melhorando, principalmente, com o contato diário com a língua. Mas, depois da viagem aumentamos a intensidade do estudo e veremos agora em nossa próxima viagem para a Itália como ele está.

Nova viagem, novos idiomas, novas experiências

Nessa última viagem, em 2015, passei por Londres, Paris, Marselha e algumas cidades italianas. O inglês, em Londres, foi tranquilo, apesar do receio inicial de querer falar e da adaptação. Mas, no que precisei, foi suficiente.

Se virando no francês para perguntar em Inglês

Tivemos que ir a Paris só de passagem, por conta da reserva no cruzeiro que sairia de Gênova. Desta forma, para não perder a viagem e conhecer um pouco da “cidade luz”, resolvemos ficar um dia.

No entanto, antes de viajar para Londres, cometemos um erro de planejamento que foi não levar um adaptador de tomadas e acabamos ficando sem bateria no celular. Assim, quando viajamos de Londres para Paris, só tínhamos impresso a reserva do hotel com o endereço. E o mapa estava pequeno e mal impresso. Não imaginávamos que iria precisar daquela informação para nos localizar.

Enfim, descemos na estação mais próxima ao hotel e ficamos dando volta nas ruas para tentar encontrar a rua do hotel, em vão. A única saída seria perguntar para alguém. Mas, sempre dizem que os franceses, principalmente os parisienses, têm o nariz empinado, são chatos e arrogantes. No entanto, temos que ressaltar que, só encontramos pessoas gentis.

Se você chegar e perguntar, em francês, se a pessoa fala inglês, mesmo falando um pouco errado, eles ficam solícitos em te ajudar. Então, antes de tudo perguntamos “Bonjour, parlez-vous anglais?”, algumas pessoas diziam ou faziam menção que não. Um casal tentou nos ajudar, apesar de não falarem inglês. Mas, foi um senhor, muito gentil, que nos ajudou a encontrar o hotel.

Na Europa, nem todo mundo fala inglês

Durante os passeios, já com os celulares carregados, precisamos pedir algumas informações sobre transporte. Assim, precisávamos saber que ônibus pegar para o Arco do Triunfo. Entretanto, os condutores de ônibus, mesmo bem próximos à Torre Eiffel, não falavam inglês, como já imaginávamos.

Como não subimos a Torre Eiffel, sobrou um tempo para ir até o Arco do Triunfo. Apesar de ter um aplicativo de mapas offline que facilitava nossa localização, com estávamos sem internet, não conseguia usar o Moovit para saber que ônibus pegar para o Arco do Triunfo. Assim, paramos para perguntar aos condutores de ônibus que ficam em uma estação bem próxima à Torre Eiffel. Mesmo ali, em uma área bem turística, não encontramos um condutor de ônibus que falasse inglês.

Segunda experiência com o idioma italiano

Pegamos um trem de alta velocidade de Paris para Turim, onde chegamos bem tarde e o aplicativo que estávamos usando (e não vou nem indicar), nos deu informações erradas sobre que uma linha de ônibus inexistente que precisava pegar para ir até o hotel. Então, a única chance era perguntar. Uma moça tentou nos ajudar. No entanto, ela falava muito rápido e, como era o dia de ambientação em solo italiano, a gente não entendia quase nada, somente alguns dias depois que fomos compreender o que ela estava tentando dizer naquele dia.

Assim, resolvemos perguntar a um motorista do ônibus que parou se “passa Piazza Derna” e ele nos respondeu “non, cinquentuno”. Desta forma, entendemos que era para pegar o ônibus 51. Quando chegou, fizemos a mesma pergunta ao motorista que explicou que passava perto, mas precisaríamos andar mais 100m à direita. Desta forma, já percebemos melhor o idioma italiano.

Cruzeiro pelo Mediterrâneo, vários idiomas em poucos dias.

Uma situação engraçada foi quando passamos por Marselha, durante o cruzeiro pelo mediterrâneo. Tínhamos planejado fazer novamente o passeio da Basílica de  Notre-Dame-de-la-Garde, pegando o metrô, e andando até lá, como primeira vez que visitamos a cidade. Mas, vimos que era desnecessário. No Vieux Port de Marselha tem um ônibus e um trenzinho que vai direto para lá.

Então, resolvemos perguntar para o motorista onde comprar. Mas, ele não falava uma palavra em inglês. Esperamos um novo ônibus e vimos um pessoal do navio entrando. Assim, perguntamos a um dos senhores se sabia falar inglês, ele acenou que sim. Mas, mas não foi muito convincente. Então, perguntei, em inglês, onde comprar o bilhete do ônibus e ele disse que não falava inglês, que era espanhol. Aí, dissemos e a ele que havia facilitado minha vida pois sabemos falar espanhol. Assim, ele nos disse podia comprar direto com o motorista do ônibus.

Últimos dias de viagem na Itália

Fim do cruzeiro, voltamos para a Itália por mais alguns dias. Então, como já estávamos aprendendo italiano antes de viajar, quando chegamos lá, procuramos sempre fazer as perguntas em italiano. Assim, quando chegamos a Roma, conseguimos fazer muitas perguntas.

Assim, como os “gringos” que tentam falar português quando chegam ao Brasil, fizemos o mesmo? Não tivemos problema, mas tivemos cuidado para não cometermos nenhuma gafe ou passarmos por alguma situação constrangedora. O importante é, sempre estudar antes o que vai precisar falar.

E, assim, cada dia mais, o nosso italiano foi melhorando. Tudo é facilitado pelo contato com o idioma no dia-a-dia. Letreiros, propagandas, informações, pessoas conversando no ônibus ou trem, ou seja, uma pequena imersão, uma pena que tivemos que voltar.

Assim, quando retornamos, passamos a estudar intensivamente o italiano. Hoje em dia, conseguimos compreender muitas coisas e já arriscamos entrar em contato com outras pessoas, sem ajuda do tradutor. Aguardamos, em breve, uma nova viagem à Itália para testar o idioma na prática.

*Atualizado em 14/06/2017

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